António-Pedro Vasconcelos é um realizador português natural da cidade de Leiria. Foi aluno do Curso Superior de Filmografia na Universidade de Paris IV e é considerado um dos cineastas representativos do Cinema Novo Português. É co-fundador do Centro Português de Cinema em 1970 e realiza, nessa época, a sua primeira longa-metragem Perdido por Cem, um filme fortemente influenciado pela Nova Vaga Francesa. Foi autor de alguns dos filmes portugueses com maior projecção nacional como O Lugar do Morto (1984) e Jaime (1999), este último recebeu o Prémio do Júri no Festival Internacional de Cinema de San Sebastián. Foi premiado em Portugal com os Globos de Ouro para Melhor Filme e Melhor Realizador. Produtor, participou na criação da V.O. Filmes, da Opus Filmes e do Centro Português de Cinema, que produziu a maior parte dos filmes do Cinema Novo Português. É ainda argumentista, montador e participou como actor em alguns filmes. Presença regular na televisão, apresentou, na década de 1970, o programa da RTP2 Cineclube, fez crítica literária e cinematográfica, chefiou, ao lado de João César Monteiro, a redacção do jornal O Cinéfilo, foi colunista da revista Visão e director de A Semana, um suplemento do Independente. Em 1985 representou Portugal no Fórum Cultural de Budapeste, a convite do Ministro dos Negócios Estrangeiros. Presidiu e liderou o grupo de trabalhadores responsáveis pelo Livro Verde para a Política do Cinema e Audiovisual. Foi presidente da Associação Portuguesa de Realizadores, entre 1978 e 1984, presidente do Secretariado Nacional do Audiovisual, entre 1991 e 1993, e presidente do Conselho de Opinião da RTP, entre 1996 e 2003. Foi professor na Escola de Cinema do Conservatório Nacional e é, actualmente, coordenador executivo da Licenciatura em Cinema, Televisão e Cinema Publicitário da Universidade Moderna.