Daniel Rosenfeld (Buenos Aires) queria ser compositor de piano, mas acabou por ser cineasta. Licenciado em Comunicação Social, estudou montagem com Miguel Perez, encenação com Augusto Fernandes, interpretação com Julio Chavez, e participou em seminários com Krzysztof Kieślowski, Stephen Frears, Jorge Goldenberg, Lita Stantic, Ken Adam, Alessandro Baricco, Anthony Minghella e Abbas Kiarostami. Ganhou bolsas das fundações Antorchas & Rockefeller, Huber Bals, Fondo Nacional de las Artes, ICI, Jan Vrijman, Berlin Talent Campus.


Trabalhou em diversas longas-metragens como assistente do realizador Alejandro Agresti (Buenos Aires Viceversa, El viento se llevó lo qué, La Cruz -fase de argumento-). Realizou algumas curtas-metragens experimentais: La castidad (Nahuel Perez Biscayart, para Roberto Jacoby/Reina Sofía Museum), Hamelin (Bafici).


A sua primeira longa-metragem documental: SALUZZI - Ensayo para bandoneon y tres hermanos, estreou no Festival de Cinema de Berlim (FORUM). O filme é sobre o processo criativo, através do músico Dino Saluzzi, compositor da música do filme Nouvelle Vague (Godard) e Tudo Sobre a Minha Mãe (Almodóvar). Nomeado para os Prémios da Crítica de Cinema da Argentina para Melhor Filme.


A sua segunda longa-metragem, La quimera de los héroes, um filme que mistura documentário e estruturas narrativas de ficção, é sobre um antigo jogador de râguebi argentino, de ideologias extremistas e fascistas, que procura redimir-se ensinando râguebi a indianos. Este filme, uma co-produção Zentropa (Dinamarca)- Serge Lalou & Les Films Díci (França), recebeu dois prémios no Festival de Cinema de Veneza -  Competição Oficial -: o de Melhor Jovem Realizador e uma Menção Especial do Júri. Ganhou também o Prémio do Júri do Festival de Cinema de Belfort e uma menção do Júri no Festival de Buenos Aires (BAFICI). Foi nomeado para os Prémios da Crítica Argentina de Cinema da para Melhor Filme.


Cornelia frente al espejo (2012), uma longa-metragem de ficção, baseada (no romance de Silvina Ocampo, a grande escritora argentina admirada por Borges e Italo Calvino. Co-produzido pelo Instituto Nacional de Cinema da Argentina e pelo Hubert Bals Fund, o filme foi bem sucedido, tendo sido exibido no cinema durante dois anos. Estreado em Roterdão, fez parte da Selecção Oficial do Festival de Cinema de Moscovo e da Competição do Festival de La Habana. Vencedor do prémio anual para Pós-Produção do Hubert Bals Fund, vencedor do Melhor Argumento adaptado pela Sociedade Argentina de Escritores e Autores, vencedor do Melhor Argumento adaptado pela Sociedade Argentina de Críticos de Cinema em 2013. Cinco nomeações para os Prémios Nacionais de Cinema 2014, pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas da Argentina. Al centro de la Tierra (2015), teve a sua estreia local no BAFICI 2015, onde foi galardoado com uma Menção Especial da Crítica, e a sua estreia internacional no Fidmarseille 2015 (Prémio Renaud Victor).


Também produziu e co-escreveu o documentário La calle de los pianistas (2015), realizado por Mariano Nante, e escolhido para a gala de encerramento do Festival BAFICI 2015, no Teatro Colón.