Realizadora, argumentista e produtora, Teresa Villaverde é um dos nomes mais importantes da geração de realizadores portugueses surgidos na década de 90. É autora de uma filmografia muito pessoal, marcada por uma certa portugalidade e uma particular atenção a temas como a infância e a adolescência, a inadaptação e a dificuldade de comunicação interpessoal.


Participou como actriz, cenógrafa, argumentista, assistente de realização e de montagem em diversas produções, antes de realizar um trio de longas-metragens marcante, presente nos maiores festivais de cinema: A Idade Maior (1991), uma reconstituição do Portugal do início da década de 70, marcado pela Guerra Colonial, Três Irmãos (1994), que recebeu o Prémio de Melhor Actriz no Festival de Veneza, atribuído a Maria de Medeiros e Os Mutantes (1998), seleccionado para o Festival de Cannes, secção Un Certain Regard, abordando o desenraizamento de jovens adolescentes oriundos de ambientes familiares disfuncionais.


Em 2006, Teresa Villaverde realiza Transe, retratando a imigração ilegal e o tráfico de mulheres, também escolhido para os festivais de Cannes (Quinzena dos Realizadores) e Toronto, contribuindo definitivamente para a sua projecção internacional.


Cisne (2011) reúne muitos dos temas dos seus filmes anteriores, ecos das suas primeiras obras, recorrências e prolongamentos de Água e Sal, a sua longa-metragem de 2001.


Teresa Villaverde colaborou em algumas obras colectivas, contribuindo com os seus segmentos em Visions of Europe (2004), Venice 70 – Future Reloaded (2013) e  (2014). Em 2004 realizou igualmente um documentário, A Favor da Claridade, um retrato do artista Pedro Cabrita Reis.


Em 2016, Teresa Villaverde prepara-se para estrear um novo filme, Colo, que conta com Beatriz Batarda como protagonista.


A décima edição do Lisbon & Estoril Film Festival irá dedicar uma retrospectiva integral à sua obra.