Vila-Matas regressa ao Lisbon & Estoril Film Festival para o lançamento da edição portuguesa de Marienbad électrique
  • Eventos especiais

Convidado do Festival em 2012, Vila-Matas regressa ao Lisbon & Estoril Film Festival para o lançamento da edição portuguesa de Marienbad électrique (2015) [Marienbad eléctrico, Editora Teodolito, 2016, trad. de Maria Manuel Viana]. Livro nascido das várias conversas e colaborações que o escritor espanhol manteve ao longo dos últimos 8 anos com a artista francesa Dominique Gonzalez-Foerster, este é “um romance insólito”, nas suas próprias palavras, que caminha na fronteira entre a arte contemporânea e a literatura, sendo “também uma instalação e um texto de catálogo (para uma exposição de Gonzalez-Foerster), um ensaio ou pode mesmo ser lido como um poema”.


Marienbad eléctrico é ainda uma crónica da amizade entre os dois artistas, do seu intercâmbio de ideias e mútua estimulação estética, desde os encontros entre ambos no café Bonaparte de Paris, até à grande retrospectiva de Dominique Gonzalez-Foerster na capital francesa, no Centre Pompidou, 1887-2058, passando pelas exposições de Gonzalez-Foerster na Tate de Londres (TH.2058) e no Palácio de Cristal em Madrid (Splendide Hotel).


Com constantes referências a Rimbaud, Sebald, Bolaño ou Beckett e com a sombra tutelar de Duchamp, que ambos admiram,  Marienbad eléctrico toma o seu título do filme de Alain Resnais, O Ano passado em Marienbad, com argumento de Alain Robbe-Grillet, a partir de A Invenção de Morel de Adolfo Bioy Casares. Vila-Matas sintetiza Marienbad eléctrico assim: “a tese central do livro é que a arte é uma fé. Acredito na paixão pela arte como centro da existência”.