Nuno Júdice é um poeta, ensaísta e professor académico português natural de Portimão. Estudou Filosofia Românica na Universidade de Lisboa, vindo depois a ser professor do ensino secundário. Actualmente, é professor na Universidade Nova de Lisboa, onde se doutorou, em 1989, com uma tese sobre Literatura Medieval. Colaborou ainda nas publicações O Tempo e o Modo e Jornal de Letras. A partir de 1997, passou a desempenhar, na cidade de Paris, os cargos de Conselheiro Cultural da Embaixada Portuguesa e o cargo de Director no Instituto Camões. Em França, publicou um livro de divulgação da literatura portuguesa do século XX, Voyage dans Un Siècle de Littérature Portugaise, traduzido e reeditado em Portugal sob o título Viagem Por Um Século de Literatura. Tem livros traduzidos e editados em Espanha, Itália, Venezuela, Inglaterra e França, onde está publicada a sua obra Un Chant Dans L’Épaisseur du Temps, parte integrante da colecção Poésie/Gallimard. A sua estreia na poesia deu-se com A Noção do Poema, em 1972. Publicou ainda obras como A Partilha dos Mitos (1982), A Condescendência do Ser (1988), Enumerações e Sombras (1989), Um Canto na Espessura do Tempo (1992), Meditação Sobre Ruínas (1994), livro que lhe cedeu o prémio da Associação Portuguesa de Escritores, e os romances Plâncton (1981), A Manta Religiosa (1982) e O Anjo da Tempestade (2005). É ainda autor de célebres ensaios, entre os quais se destaca a sua tese de doutoramento, e outras obras como A Era do “Orpheu” (1986) e As Máscaras do Poema (1998), esta última uma compilação de muitos dos seus textos de ensaio e crítica. Organizou a Semana Europeia de Poesia, no âmbito da Lisboa’94 - Capital Europeia da Cultura. Foi Director da revista literária Tabacaria, editada pela Casa Fernando Pessoa, e Comissário para a área da Literatura da representação portuguesa na 49ª Feira do Livro de Frankfurt. Recebeu os prémios de poesia e ficção (em ex-aequo com Pedro Rosa Mendes), atribuídos pelo PEN Clube Português em 1985 e 1999 respectivamente. Recebeu ainda o Prémio Literário Fernando Namora, pela obra O Anjo da Tempestade, e o Prémio Cesário Verde “Consagração”, por O Estado dos Campos (2003). Em 2001, publicou Pedro, Lembrando Inês e Cartografia de Emoções, um livro de poesia. No mesmo ano, Rimas e Contas, integrada na colecção Poesia Reunida 1976/2000, foi reconhecida com o Prémio da Crítica pelo Centro Português da Associação Internacional dos Críticos Literários. Em 2007, foi galardoado com o Prémio Nacional de Poesia Ramos Rosa e recebeu ainda o Prémio de Poesia Pablo Neruda e o Prémio da Fundação da Casa de Mateus.