Cerimónia de Encerramento
Centro Cultural Olga Cadaval, Auditório Jorge Sampaio
Sábado, 20 Novembro, 21h
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Dissociados de qualquer igreja ou dogma do show business, Emir Kusturica e os The No Smoking Orchestra são um fenômeno importante do movimento anti globalista e um paradoxo único do ambiente de onde surgiram. São mais famosos e mais reconhecidos a nível internacional do que no próprio país, cujo renome têm impulsionado.
Os seus primeiros dez anos a tocar o som unza unza desordenado da guitarra, no ritmo rápido de dois quartos do Kolo Sérvio (que é, na verdade, uma versão frenética de Rumba dos Balcãs), são a prova de que, agora, numa época com cada vez mais falta de compreensão e comunicação, existe dance music com conteúdos fortes, mas a qual não se consegue resistir porque “não há dois pés que consigam permanecer calmos” quando a música toca. Os seus sons reúnem, de uma maneira pouco comum, a experiência do rock, o som da música cigana, o ritmo Šumadija de dois quartos, além de conceitos artísticos mais amplos do século XX. A comunicação dos The No Smoking Orchestra com o mundo é baseada na música e na performance, e utiliza a imagem e o som, sem qualquer insistência específica numa única pátria. A soma dos pixels e a frequência daquele espetáculo não levam o público a buscar as origens daquela música por meio da educação e do conhecimento, mas a reconhecer seus próprios corações, almas e sentimentos esquecidos por meio da experiência de um som estrondoso.
(...)
Uma “mistura explosiva de sons do tipo nitroglicerina” que tornam impossível para qualquer pessoa permanecer sentada ... não importa aonde seja: em Paris, Buenos Aires, Tóquio, Nova York, Kiev, Reykjavik, Sidney, Tel Aviv, Montreal, São Paulo, Viena, Moscou, Cidade do México, Berlim, Madrid ou Bruxelas.
Retirado de um texto escrito por Petar Popovi.
Bilhetes: 18€.
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