Haverá Sangue

Na quinta longa-metragem de Paul Thomas Anderson, o sangue é o líquido que escorre das veias pulsantes da indústria do petróleo na Califórnia do Sul dos finais do século XIX. Dominado pela ganância e por um desejo de posse, Daniel Plainview é um magnata do petróleo que estratifica e explora toda as suas relações, instrumentalizando-as para seu próprio benefício. Assume com audácia: “A competição vive dentro de mim. Não quero que mais ninguém seja bem-sucedido”. Sem misericórdia ou arrependimento, Plainview propaga a morte à medida que enfrenta os seus adversários e que rivaliza com o pastor local, Eli Sunday. Com Daniel Day-Lewis numa das suas mais aclamadas interpretações, acompanhada pelas cordas vibrantes de Jonny Greenwood (Radiohead) na banda sonora, Haverá Sangue examina os limites de um mundo governado pelo ódio e pela ganância.